Para celebrar o dia mundial da mulher, recordamos 3 relógios históricos, destinados a pulsos femininos, tal como as suas versões actuais. Tanto versões originais como as modernas são peças impressionantes.
O primeiro relógio de pulso - Breguet
De acordo com Emmanuel Breguet, historiador e descendente de Abraham-Louis Breguet, considerado a maior personalidade da relojoaria de sempre, a Sra. Caroline Murat comprou seu primeiro Breguet em 1805, quando tinha apenas 23 anos. Em 1814, Murat havia comprado 34 relógios da Breguet, incluíndo um em 1812 que se tornaria o primeiro relógio de pulso da Breguet, e do mundo.
Este Breguet número 2639 foi entregue dois anos e meio depois de ter sido encomendado e vendido pela soma principesca de 4.800 francos franceses.
Além do formato incomum da caixa, um elemento decorativo ajudou a distingui-lo de todos os outros relógios da época: uma pulseira feita em ouro.
Em 2002, a moderna marca Breguet apresentou a linha Reine de Naples em homenagem a esta peça histórica excepcional, que foi vista pela última vez em 1855, quando retornou à oficina da Breguet para reparação.
Esta nova interpretação mede 38,45 x 30,4 mm e é adornado com 330 safiras azuis. As horas são exibidas num mostrador de ouro banhado a prata.
Hermès, um criador de tendências inadvertido
Em 1912, precisamente 100 anos após a primeira Reine de Naples de Breguet, uma jovem ousada foi responsável por Hermès criar inadvertidamente o primeiro relógio de pulso, um ícone francês.
A história diz que Jacqueline Hermès, um membro da terceira geração da família Hermès (neta do fundador Thierry Hermès), não gostava da maneira como tinha que usar seu pequeno relógio de bolso, considerando que não era suficientemente prático para as suas actividades de lazer mais activas. Desta forma, pediu ao seu pai para o encaixar numa «bolsa» de couro que lhe permitisse amarrá-lo ao pulso.
No final de 2012, precisamente um século depois, La Montre Hermès honrou sua criação com um novo relógio de "bolso" simples e divertidamente apelidado de - In The Pocket.
In The Pocket permite que o proprietário decida se deve ser usado no bolso, no pulso ou ao pescoço, fazendo assim uma ligação delicada com o ilustre passado da Hermès.
O primeiro relógio de pulso de Patek Philippe
Em 1868, Patek Philippe fabricou um relógio muito delicado com uma pulseira em ouro amarelo. A caixa retangular também em ouro amarelo foi decorada com esmalte e diamantes, bem como com uma decoração ao nível da mais alta arte de joalharia da época. Esta preciosidade esconde um pequeno movimento de corda de 6 linhas (13,5 mm) com um escape de cilíndro. Foi vendido à condessa húngara Koscowicz em 13 de novembro de 1876. O primeiro relógio de pulso da Patek Philippe foi especificamente concebido para ser um relógio de pulso, em vez de ser um relógio de bolso ou pendente transformado.
Quarenta e oito anos depois, a Patek Philippe criou seu primeiro repetidor para o pulso. Naturalmente, construído para uma mulher.
Trata-se de um repetidor de cinco minutos, com dois gongos, construído sobre um movimento de Victorin Piguet, este complicado espécime de platina com uma caixa de 33,8 mm, ricamente gravada à mão e bracelete integrada, foi vendido para um certo D.O. Wickham em Nova York.
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