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O Deepsea Challenge da Rolex é para todos?

Atualizado: 21 de nov. de 2022


Rolex Deepsea Challenge @ Rolex


No campo da exploração subaquática, a Rolex tem um percurso impar marcado por uma sucessão de modelos que traçam uma linha paralela com a própria história do mergulho. E desde o dia 1 de Novembro a marca da coroa conta com mais um exemplar na sua colecção. Para apresentar ao mundo o novíssimo Rolex Oyster Perpetual Despesa Challenge, a Rolex escolheu o cineasta e explorador James Cameron (o mesmo que realizou Avatar, Terminator ou Alien).



Ainda todos se lembram certamente, quando a 26 de Março de 2012, Cameron desceu no seu submersível “Despesa Challenge” ao ponto mais profundo do planeta, alcançando uma cota de 10,908 metros abaixo do nível do mar. Uma façanha alcançada pela primeira vez 52 anos antes, a 23 de Janeiro de 1960, por Jacques Piccard e o Tenente Don Walsh a bordo do Trieste. O local desta façanha foi o mesmo, o “Challenger Deep” no Pacifico oeste, a parte mais profunda a sul da Fossa das Marianas, e da qual, se sabe hoje poder mesmo estender-se até aos 10,994 metros.



O relógio agora apresentado por Cameron foi inspirado directamente no modelo experimental que o acompanhou no mergulho histórico. Em ambos a impermeabilidade garantida alcança os 11,000 metros no que é indiscutivelmente um marco histórico para a história dos modelos de mergulho da Rolex.



O herdeiro do Despesa Challenge experimental agora apresentado foi fabricado em titânio RLX e equipado com uma válvula de escape de hélio e o sistema de coroa estanque Ringlock da Rolex. Trata-se de uma modelo capaz de acompanhar o mergulhador em qualquer ambiente, seja durante um mergulho em águas oceânicas, em submersíveis ou em câmaras hiperbáricas, e pensado para fazer da pressão um aliado em qualquer situação.



Enquanto que o protótipo de 2012 acompanhou James Cameron preso ao braço robótico do “Challenger Deep”, o Deepsea Challenge foi claramente projetado para ser usado no pulso. Desde a produção da caixa até a pulseira, cada elemento deste relógio com uns significativos 50 mm de diâmetro foi elaborado a pensar num uso diário. Para isso, a Rolex optou pelo uso de uma liga de titânio de grau 5, desenvolvida na manufactura e baptizada com as siglas RLX. É graças a esta liga robusta e particularmente leve, que o novo relógio é 30% mais leve do que o modelo experimental de 2012, contribuindo significativamente para um uso sobre o pulso.


Produção da caixa em Titânio RLX do Rolex Deepsea Challenge @ Rolex


Mas o peso não foi um único aspecto que mereceu a atenção da Rolex. Para criar um relógio de proporções equilibradas e ergonómicas, a casa da coroa decidiu modificar alguns componentes. A espessura do cristal, por exemplo, foi reduzida. Os sistemas de extensão de pulseira, necessários para adaptar o relógio a um uso sobre um fato de mergulho não foram esquecidos. O Rolex Glidelock e o elo de extensão Fliplock, permitem que o relógio seja usado sobre um fato com até 7 mm de espessura.



O sistema Glidelock e o elo de extensão Fliplock do Rolex Deepsea Challenge @ Rolex


E como já é habitual, a Rolex não deixou os seus créditos por mãos alheias e fez questão que o Deepsea Challenge incorporasse toda a experiência da marca em relógios de mergulho. O modelo inclui todas as principais inovações desenvolvidas ao longo de décadas como o sistema Ringlock, uma arquitetura de caixa patenteada que permite que o relógio resista a pressões extremas; a válvula de escape de hélio, que permite que o excesso de gás possa escapar do relógio durante a fase de descompressão de um mergulhador numa câmara hiperbárica; a coroa Triplock, com três zonas seladas; e a aplicação de Chromalight, cuja luminescência de longa duração proporciona uma legibilidade exemplar


O tanque desenvolvido pela Comex e pela Rolex para testar o Deepsea Challenge @ Rolex


Para efectuar o teste de impermeabilidade a cada Deepsea Challenge, a Rolex desenvolveu com a histórica empresa francesa Comex (Compagnie Maritime d'Expertises), um tanque especial capaz de reproduzir uma pressão de teste equivalente à exercida pela água a 13.750 metros de profundidade, muito além dos 11.000 inscritos no mostrador. Aliás, o protótipo que Cameron levou consigo em 2012 foi testado a uma pressão equivalente a 15.000 metros e suportou nada menos que 17 toneladas sobre o cristal.


Um grupo de Rolex Deepsea Challenge após o teste de impermeabilidade @ Rolex


O calibre de corda automática 3230, que equipa este Despesa Challenge, é um movimento inteiramente desenvolvido e fabricado pela Rolex que não dispensa o escape Chronergy e a mola Parachrom, insensíveis a campos magnéticos, assim como o sistema de amortecimento Paraflex. Como todos os relógios produzidos pela marca, o Deepsea Challenge possui a certificação Superlative Chronometer e uma precisão cronométrica acima da média na ordem de –2/+2 segundos por dia.



O fundo gravado do Rolex Deepsea Challenge @ Rolex


A caixa do Despesa Challenge foi gravada com as palavras “Mariana Trench” e as datas “23-01-1960” e “26-03-2012”. Trata-se de um tributo ás duas grandes aventuras protagonizadas, primeiro, por Jacques Piccard e o Tenente Don Walsh, e mais recentemente por James Cameron, recordando que ambas as expedições contaram com a presença de modelos da Rolex.



Gerações de relógios de mergulho da Rolex @ Rolex

Mas voltemos à pergunta que serve de titulo a esta breve apresentação: Um Deepsea Challenge para todos? Não nos parece. Não só o candidato, ou candidata, terá de vencer os misteriosos critérios das listas de espera a que os modelos da Rolex estão actualmente sujeitos, como terá igualmente de contar com o elemento “produção em números bastante reduzidos” que é um factor substancial para a dificuldade na aquisição de um Deepsea Challenge “á la Cameron”. Por último, terá igualmente de considerar um aspecto para o qual manifestamente não há solução… ou se tem pulso para uma caixa com 50 mm... ou não. É tão simples quanto isso. Já o preço de etiqueta de 26.400 €, esse não é para aqui chamado.




Mais informações aqui.



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